Falo sobre vários artistas da Pop
Art. As análises semióticas a seguir são minhas e não do livro-base de
Osterwold, minha referência bibliográfica.
Acima, Interior n. 3, um acrílico, metal polido, assemblage sobre cartão
com diversos objetos (lâmpada de trabalho, relógio e rádio) de Tom Wesselmann,
de 1964. Uma técnica mista. O relógio é o regulador, o governador, marcando o
tempo e organizando as tarefas do lar. Seu formato é oval, como o ovo traz a
vida, trazendo o novo, a renovação. São oito e meia da manhã, e as tarefas do
lar iniciam o dia de muito trabalho, como cozinhar, limpar, lavar e organizar,
colocando a casa em ordem, no dever da dona de casa. Os ponteiros são como uma
letra L de cabeça para baixo, L de lar, de luz. Uma grande janela branca deixa
a luz do dia entrar, como uma tarja alva, pura, como o leite que é servido no
café da manhã. O branco é a paz dentro de um lar bem estruturado, numa
estrutura de família e de divisão de tarefas – o pai sai para trabalhar, as
crianças saem para a escola e a mãe fica em casa em sua solitária rotina de
trabalhos domésticos. A geladeira é ampla, cheia de alimentos, num lar
provedor, abundante, onde nada falta às crianças, sem espaço para fome ou para
privação. O lar é o porto seguro, o norte, a referência, como o relógio é a
referência de tempo, o qual a dona de casa administra, sabendo de suas
responsabilidades, como haver comida na mesa quando o marido e as crianças
chegam para o almoço, esfomeados. O rádio dá a trilha sonora para o dia, como
uma companhia, fazendo com que a dona de casa não se sinta tão só em sua rotina
de afazeres. Os dois botões redondos são os seios, na obrigação materna de
prover o leite à criança – uma mãe dá tudo de si para a família, muitas vezes
ficando exausta, em um trabalho que não é socialmente reconhecido, tendo
direito apenas a uma pensão quando o marido morre. O lar pode ser uma prisão, e
a noiva recém casada não faz ideia da vida de trabalho e sacrifício que a
espera. O rádio é um amigo, um alento, e, assim como o relógio, dá o tom do
dia. A mulher é uma prisioneira de uma vida à sombra de um homem, algo
inaceitável para uma feminista, a qual tem pavor da redução da mulher a uma
agradável e impecável serviçal. Duas garrafas de refrigerante seguem
simbolizando os seios provedores, alimentando a ninhada, muitas vezes deixando
a mãe esgotada, pois diz-se que ser mãe é padecer no paraíso. Os móveis desta
cozinha são em preto e em tons de marrom, cores discretas que remetem à
seriedade que é trazer crianças ao mundo e criá-las, uma tarefa árdua, tanto no
sentido financeiro quanto no psicológico. Responsabilidade de adulto. E que
segredos a geladeira esconde? O que há no coração desta dona de casa? Será que
ela está desiludida em relação ao casamento e à maternidade? Será que ela está
feliz em sua vida laborosa? As duas garrafas de bebida são como dois filhos,
confortáveis no ninho, filhos que não sabem que deveriam agradecer por terem
pais atenciosos, por terem um pai que trabalha para que haja comida na mesa,
por terem uma mãe que deixa tudo perfeito dentro de casa. O puxador da
geladeira é como a aliança de casamento, que pode ser um paraíso, mas também
uma prisão. A esposa esforça-se para fazer a sua parte do trabalho. O grande
retângulo branco é a bandeira da paz, trazendo estabilidade a um lar. Harmonia,
sossego. Pois o lar é um refúgio, no qual foge-se da correria insana do
dia-a-dia. O rádio está ligado, tocando sem parar, indiferente se há alguém
para escutá-lo. A dona de casa entra e sai da cozinha nos seus deveres
domésticos. Ela tem que colocar as bebidas na geladeira, mas esqueceu-se, pois
até a mãe mais atenciosa pode ter atos falhos, não havendo mãe perfeita – as
mães são seres humanos. As garrafas fazem companhia uma à outra, como a mulher
acreditava que o seu marido estaria sempre ao seu lado. As vicissitudes da
rotina diária impõem-se, e a dona de casa passa a perceber que a vida é luta. A
cozinha é um local de trabalho, assim como o local de trabalho do artista é o
atelier. A lâmpada é a dona de casa “acesa”, ativa em seus deveres, observando
o que deve ser feito no lar.
Acima, Green Coca-Cola Bottles, ou seja, Garrafas Verdes de Coca-Cola, um óleo sobre tela de Andy Warhol de
1962. Garrafas em uma esteira industrial, no boom da Revolução Industrial.
Garrafas expostas em gôndolas de supermercados, facilmente disponíveis a toque
de caixa. São as conveniências da sociedade de consumo, facilitando ao máximo a
disposição de produtos e serviços, nem que para isso seja necessário o parcelamento
do preço em forma de suaves prestações. O verde é como o verde de limo de uma
piscina abandonada, cheia de sapos e ratos, pois o consumismo abandona o bom
senso: é a invenção de necessidades, tirando do indivíduo a noção do essencial,
do importante, do que é realmente necessário. As garrafas são como soldados
enfileirados, prontos para lutar na Guerra Fria ou em qualquer outra guerra,
como na guerra da concorrência, onde o mercado é o pano de fundo para uma
sanguinolenta competição mercadológica, pois o capitalismo é uma selva na qual
um indivíduo quer devorar as tripas do outro. Vivemos em um mundo competitivo.
Podemos ouvir o tilintar do vidro das garrafas chocando-se umas contra as
outras, em uma tensão bélica. As garrafas estão vazias, prontas para serem
preenchidas pelo precioso líquido cuja fórmula é secreta. O líquido de
Coca-Cola é o sangue azul de mercado; é um símbolo de juventude, beleza,
vitalidade, diversão e prazer. Negra, a Coca-Cola é o negror da
imprevisibilidade do mercado, pois nunca se sabe quem vai ganhar a concorrência
– Trump ou Clinton? Os EUA são extremamente competitivos, num país que se
esmera para ser, sempre, o mais rico e poderoso do mundo. A Coca-Cola é o
sangue azul, cuja cada gota é preciosa, pois vale dinheiro. Cada garrafa do
refrigerante é como um mero e comum tijolo na parede, como num sistema
opressor, do qual o indivíduo é um mero instrumento, uma bateria alcalina. O
indivíduo, inconscientemente, torna-se agente de um sistema, de uma ditadura, e
faz do consumo uma religião, tornado-se uma peça cega a serviço desse sistema.
Abaixo no quadro, a logomarca mais famosa do planeta, rubra como sangue, como
um vampiro sempre ávido por vendas. O mercado nunca pára, e a esteira
industrial jamais pode cessar de funcionar – o mercado é uma fome insaciável,
pois sempre precisaremos acordar e escovar os dentes. As garrafas verdes são
usadas inúmeras vezes, sendo preenchidas pelo refresco e esvaziadas pela sede
do consumidor, num ciclo intermitente, rítmico, sensual, entre carência e
satisfação. As garrafas são como escamas de peixe, o qual nada com desenvoltura
pelos mares de mercado, tendo seu lugar na cadeia alimentar, como um tubarão,
um executivo agressivo de Marketing que está o tempo todo focado na obrigação
de vender e de estar no topo do mercado. Sem razão existencial, o consumo, por
si só, não tem sentido. A pessoa, o indivíduo, precisa encontrar uma razão
nobre para viver, se não, cairá na rede niilista do consumo. A sociedade de consumo
não tem autonomia psicológica nem plenitude existencial. Já ouvi dizer,
enquanto uns choram, outros vendem lenço, e se há algo que o americano faz é arregaçar
as mangas e trabalhar. Os EUA têm os seus próprios ícones de consumo. As
garrafas são como vidros de perfume, que são fabricados para emocionar e encantar,
resultando, é claro, em vendas. É a obsessão do Marketing – ser escolhido pelo
consumidor; ser o predileto; virar uma mania. A Coca-Cola está sempre
arquitetando estratégias de mercado e de propaganda, sempre desconfiando do que
a Pepsi está arquitetando. É um Gre-Nal que nunca termina. As garrafas são
agentes dessa guerra, objetos de fetiche materialista, cobiçados e valorizados.
Este quadro pertence ao Whitney Museum de Nova York. O irônico é que, falando
em produtos na esteira de uma fábrica, o próprio Warhol foi extremamente
produtivo, fabricando suas obras em escala semindustrial. É produção falando de
produção. Bottle parece-se com Battle, do inglês, batalha, na
inevitável batalha industrial, do modo como Warhol* batalhou para conquistar o
próprio espaço. *Ironicamente, Warhol lembra war, do inglês, guerra.
Acima, Coca-Cola Plan, ou seja, Plano
da Coca-Cola, técnica mista de Robert Rauschenberg, de 1958. As asas
prateadas são a liberdade garantida pela Constituição dos EUA. São como um
anjo, cheio de bondade e nobreza. São a santa águia predadora e agressiva, que
plaina procurando por um animal que vire almoço. Uma ave no topo da cadeia
alimentar, do mesmo modo como um artista busca consagrar-se e ir ao topo da
cadeia alimentar do mundo artístico – todo artista quer ser célebre e grande,
como num sonho de ambição. As garrafas são as Três Marias do Cinturão de Órion,
como as três grandes pirâmides do Egito, no sonho estelar de realização existencial.
As garrafas, representantes da produção em escala industrial, estão manchadas
de tinta, na bagunça de um atelier de produção artística, num caos onde só o
próprio artista se encontra – é o ninho de labor. A esfera abaixo é o globo
terrestre, no sonho de um artista de ser reconhecido nos quatro cantos do Mundo.
A esfera é como uma bola de basquete, sensualmente deflorando a cesta e
marcando um ponto agressivo, viril, no espírito olímpico de um artista que tem
metas a cumprir. Acima na obra, retângulos que formam um retângulo-mor, na organização
da mente – tudo está compartimentado, organizado, arrumado. A mente sã vive uma
vida organizada, evitando o caos do inconsciente. O conjunto parece um armário
decorativo, onde cada objeto tem um destino próprio. As garrafas estão vazias,
prontas para serem retornadas à fábrica e serem preenchidas pelo precioso
líquido negro, o qual será trocado por dinheiro, como um vinho fino, elaborado.
As asas dão autonomia à obra, dizendo que só na liberdade a vida pode ter
sentido. O vermelho na garrafa de Coca é a menstruação, que causa cólica à
mulher, inserindo esta no impiedoso ritmo da fertilidade, algo que os homens
não têm como compreender – os homens acham que é fácil ser mulher. E o globo
roda como a Lua, regendo as marés e os ciclos menstruais, no pulsar da vida na
Terra. As asas são prateadas como a Lua, e aparecem no céu só perdendo para o
brilho do Sol, numa medalha de prata, do mesmo modo como que, em uma sociedade
machista, a mulher é ternamente considerada quase
tão boa quanto o homem. É o segundo sexo no Éden, fadando a mulher ao papel de
pomo da discórdia, de autora do caos, enquanto o sexo masculino é tido como o
ideal. Disse uma feminista: Uma mulher
sem homem é como um peixe sem bicicleta. A cantora Cher disse: Homens são um luxo, como sobremesa. E
ninguém morre sem sobremesa. E eu adoro sobremesas. Mas Cher não é uma
escrava das sobremesas. As asas são a liberdade feminista, uma bandeira
tremulando sobre os céus da América. Mas a sociedade de consumo confunde
liberdade com dinheiro, quando que o Espiritismo condena a pregação do dinheiro
como este sendo sinônimo de felicidade. As asas são a liberdade de escolha,
algo difícil em
ditaduras. Liberdade, liberdade, abra as asas sobre nós. Uma
mulher precisa ser livre, dissociada do papel de Eva.
Acima, Coca-Cola, uma colagem sobre papel de Wolf Vostell, de 1961. É como
um painel de rua, marcado por inúmeras publicações, condenado às intempéries do
tempo meteorológico e cronológico, sobre uma superfície metálica, que brilha
fria no registro fotográfico que fotografou a obra. A marca do refrigerante
está desgastada, enfeiada pela inevitável erosão da matéria, das coisas – a
ruína é inescapável. É a Montanha da Perdição de O Senhor dos Anéis, naquilo que está destinado a perder a validade,
como uma fruta ou qualquer outro produto com data de expiração. O ser humano
está condenado à perdição, e só o apuro espiritual e moral pode salvar uma alma
da ditadura mundana da perda de validade. O painel está totalmente usado,
desgastado, violado, ferrado, abandonado. Não é atraente e nem vende algo,
perdendo espaço para anúncios mais íntegros e belos. O mundo da Propaganda,
fonte de inspiração eterna para a Pop Art, mostra-se em suas vicissitudes e
defeitos, e um anúncio tem a missão de seduzir. Aqui, o anúncio não vende,
subvertendo a missão publicitária. É um antianúncio, uma medida de
antimarketing. As pessoas passam despercebendo o anúncio, só considerando
anúncios que tenham pureza visual, que tenham simplicidade de comunicação, pois
mensagens complexas são normalmente ignoradas. Interpelar o consumidor exige
simplicidade, como num outdoor que, se tiver muitas informações, será ignorado
e não será absorvido pela mente do consumidor interpelado. Aqui, a mensagem
está confusa, complexa, fraca, ineficiente. Este anúncio não vende Coca-Cola;
vende o nada. E ninguém pode comprar o nada. A missão da Arte é ser nada,
gravitando acima da vulgaridade mundana. Ao mesmo tempo, a Arte quer ser tudo e
quer ser absorvida pelas mentes dos espectadores. Se fosse exposta na rua, como
em uma parada de ônibus, esta obra seria ignorada; como está numa galeria de
Arte, é alçada ao status de obra artística. É a contradição artística: vender
e, ao mesmo tempo, não vender. Não é por acaso que Arte e Propaganda sejam
planos diferentes. Propaganda não é Arte; é técnica de venda. Essa é a frustração
publicitária – ser um eterno subartista. O publicitário tem que ter alma de
vendedor; o artista, alma de instigador. Neste trabalho de Vostell, nada está à
venda. A Coca-Cola é quase vendida aqui. A lógica de mercado é aqui esquecida,
traçando uma linha divisória muito clara entre Arte e Propaganda. Ao
transformar Propaganda em Arte, a Pop Art rejeita a Propaganda e rechaça a
lógica dos marqueteiros. A Pop Art quer fracassar na tentativa de apagar a
linha divisória entre Propaganda e Arte. Pois não há frustração maior para um
artista do que adequar-se às lógicas de mercado, de vendas. Nesses pedaços
rasgados de papel de Wolf, podemos ver rostos sorridentes, na preocupação
mercadológica em vender felicidade e juventude. São pequenos fragmentos de
mentiras as quais o artista quer expor e humilhar. É insuportável a um artista
ser superficial, negando assim o mundo de agourentas promessas publicitárias. O
artista quer navegar acima do mundano, desmascarando inconsistências. O artista
é um pensador, um intelectual, uma exceção em um mundo tão materialista. E
desde quando um antimarqueteiro pode ser um marqueteiro?
Acima, Dylaby, ou seja, Labirinto Dinâmico, uma pintura combinada de Robert Rauschenberg, de 1962. O
tecido pardo parece uma calça de caubói, surrada, suja, extremamente usada e,
mesmo assim, charmosa, feita de um tecido bem resistente, e podemos ver o
caubói montando um furioso cavalo ou touro. A Coca-Cola está presente, em uma
garrafa de formato fálico, reivindicando o Mercado para si, esmagando impiedosamente
a concorrência. Há uma tábua de madeira como num formato de palito de picolé,
na delícia tentadora do refrigerante, irresistível, delicioso. A tábua também é
fálica, como um instrumento de tortura, dando palmadas sádicas em algum
masoquista. Há tinta branca manchando o tecido, na cor da paz, clamando por um
fim na guerra Coke versus Pepsi, uma
guerra que jamais cessará. No canto direito superior, um belo círculo amarelo,
como um Sol majestoso, no formato de uma medalha de ouro, o metal nobre que
premia os campeões. Logo abaixo, um círculo vermelho, como o da bandeira
nacional japonesa, na penetração global do falo da Coca-Cola, sendo esta
vendida no globo terrestre inteiro, tornando-se símbolo de um país e de uma era
– o século XX. Na direita do tecido, furos de abotoar, como furos de uma arma
que alvejou o surrado caubói, na dureza da vida que é domar um touro furioso,
como um toureiro espanhol, na guerra homem versus
bestialidade. O animal furioso é controlado e o elegante toureiro sai vitorioso
e consagrado em sua virilidade, sendo bradado pela plateia ensandecida, jogando
flores ao final da tourada. Há elementos vermelhos nesta obra de Rauschenberg,
sangue derramado no parto que trouxe o caubói ao mundo. O vermelho é uma cor
quente, agressiva, provocante, da cor do líquido da vida, líquido cobiçado pelo
vampiro, pois jamais esquecer-me-ei de uma linda mulher umbandista em um
vestido vermelho. Aqui, o tecido não está impecavelmente passado, e tem rugas e
sinais de amasso. A cor parda é a cor da terra da América, solo amado pelo
próprio americano. Tudo aqui está desgastado, usadíssimo, como na moda atual
dos jeans rasgados, algo impensável há séculos atrás. O jeans rasgados têm o
charme da peça de roupa preferida, íntima do dono, uma roupa na qual o dono
sente-se completamente confortável. Os jeans rasgados têm a atitude deste
tecido surrado de Robert Rauschenberg. Há também manchas escuras, como manchas
de gordura, de sujeira, e dá vontade de botar o tecido numa máquina de lavar.
Ao lado do “sol” amarelo, um elemento da mesma cor, como uma lesma, que trafega
lenta e tranquilamente pelo tecido, como um americano cruzando a extensão
territorial da América. A preguiçosa lesma é viscosa e sensual em seus
movimentos desprovidos de retilinidade. A Coca-Cola torna-se símbolo da
América, e o fetiche das máquinas de refrigerante revela-se poderoso na
identidade nacional. A América é mercado; é oportunidades de negócios. O
contorno desta obra parece o contorno de um estado da federação, e seus
desertos e estradas solitárias trazem o mistério do caubói solitário, como um
lobo em busca de presas. O lobo transita pelos EUA, como os lobos de Wall
Street. Ao lado da “lesma”, um elemento que parece um delta, como no delta do
Rio Mississipi, embalado pelo jazz e pelo blues, na identidade cultural e
musical americana. O solo da América tem seu próprio sabor, como no clipe de Don’t Tell Me de Madonna, quando esta
encarna o sensual caubói solitário pela estrada e pelas paisagens pardas, tendo
em um momento do clipe esfregando em si a terra e declarando seu amor pelos
domínios do Tio Sam. É interessante observar como a Pop Art parte em busca de
uma identidade americana, mesclando-se à cultura americana em geral. Também ao
lado da “lesma”, um triângulo de formas arredondadas, como uma mariposa em
torno da luz, num artista em busca de inspiração em elementos aparentemente
triviais e comuns, como uma garrafa de Coca-Cola. Os amassados do tecido são
como rugas no rosto de uma pessoa experiente, alguém com estrada e história. Os
americanos são muito bem sucedidos na busca de uma identidade nacional. O senso
prático ianque revela-se irresistível. Uma janela com vista para a América. Uma
capa de toureiro. O ser humano é universal.
Referência
bibliográfica:
OSTERWOLD, Tilman. Pop Art. Köln: Taschen, 2007