quarta-feira, 9 de maio de 2018

Ele não era Mané



Certa vez ouvi que entende o mínimo de Arte quem sabe diferenciar Monet de Manet. Este morreu jovem – antes dos sessenta. Os textos e análises semióticas a seguir são inteiramente meus.


Acima, Almoço no Estúdio. Um belo e jovem rapaz está em primeiro plano. Ele olha para o lado, e não para o espectador. Ele está elegante, com ares aristocráticos, polido como um príncipe. Seu blusão é de um negro profundo, como uma noite encoberta de Lua Nova. É o mistério da Arte – o que é o talento? O rapaz está encostado na mesa, que traz comidas e bebidas no presente almoço. Seria isso no estúdio do próprio Manet? A luz entra pela janela, mas só ilumina com intensidade o rapaz e a mesa. À direita, um homem de elegante cartola fuma um cigarro após a refeição, no “vício” que um artista tem em fazer Arte. É uma cena de saciez, e o alimento já está sendo assimilado organicamente pelo estômago. Esta é a saciez que a produtividade dá a um artista, num sentimento de grande satisfação. Esta não é uma cena muito iluminada, como se fosse ao ar livre num dia de muito Sol. Na mesa, uma xícara de café, no sofisticado costume parisiense das cafeterias, ligando a Europa às fazendas brasileiras de produção de Café, um produto proveniente da “magia” exótica das terras do Brasil. Mais à esquerda, uma mulher, a empregada do local, segura um grande bule prateado, talvez cheio de café, e podemos sentir no ar o aroma irresistível de um bom café recém passado. A cor prateada é a reflexão existencial, na cor prateada da alma, no indivíduo frente a um espelho psicológico que lhe pergunta: “Quem és? Qual tua identidade? O que queres da Vida? O que vieste fazer no Mundo? Para o que tens aptidão? Qual teu dom? Como esperas de encontrar na Vida? Como será isso? Quais percalços enfrentarás? Quando verás que a Vida é luta?”. Mais atrás na cena, um grande vaso com exuberantes folhagens. As folhagens são a genealogia, a proveniência, num rapaz que, ao ser herdeiro de algum trono, tem que abraçar o destino, e fazê-lo com coragem e garbo, a fim de merecer o respeito do Mundo. Quem diabos sou? A folhagem é a Árvore da Vida, que teve o DNA e molda espécies inúmeras, dentre elas o Homo Sapiens. O que nos diferencia dos macacos? O que é ser humano? Qual o papel da Arte nessa genealogia histórica? Por que a Humanidade tem invenções como a Realeza e a sucessão monárquica? O que o direito divino de um trono tem a dizer? O que é o Reino dos Céus, esta dimensão acima da nossa? O que é o desencarne: uma maldição ou uma bênção? A senhora com o bule está discreta, em segundo plano, como se soubesse de sua própria função subalterna, secundária e, ainda assim, essencial. Seu corpo é opulento, e suas mangas arregaçadas mostram o labor do dia a dia, a labuta diária pela Vida. Na extrema esquerda inferior, objetos que remetem a itens bélicos, como elmo, espada e pistola. É o lado bélico de Manet, na luta diária por afirmação, em um mundo tão cético em relação a novos artistas, às novas gerações, às novas levas que reivindicam seu próprio espaço no Mundo. Seria o Mundo tão perfeito ao ponto de não mais precisar de novos artistas, de novos nomes? O elmo metálico é a “blindagem” psíquica, na necessidade da pessoa saber dizer “não”, na necessidade da pessoa não ser absolutamente passiva e ter uma necessária porção de agressividade, para se afirmar no Mundo, tendo ímpeto. Ao fundo de toda a cena, uma cor escura, imprevisível, nas incertezas existenciais de quem está em crise, de quem está desnorteado, catarseando aqui um sentimento de perda de Norte, como numa tempestade cinzenta em alto mar, virando navios e afogando marinheiros, como na tragédia ao fim de Moby Dick, com a “Fera do Mar” dizimando quase uma tripulação inteira. A baleia é a vida indomável, num trabalho de paciência que precisa ser feito: Como posso domesticar a Vida? Neste quadro, ouvimos um silêncio reconfortante, na comida sendo quietamente digerida.
 


Acima, Olympia. A imagem nos remete a uma cena de Titanic, em que Rose posa nua para o artista. Na cena, Rose, em tom humorístico, simula estar rodando uma bolsinha, símbolo da profissão mais antiga do Mundo – a Prostituição. Olympia repousa tal qual uma rainha, só que prostituta, como no clipe Material Girl, de Madonna, a qual reverenciou Marilyn Monroe, a eterna loira burra, num carisma que emplacou a imagem de gostosona e fã de diamantes e demais regalos de seus clientes, assim como no filme Moulin Rouge, em que a cortesã Satine tem a missão de seduzir um homem rico. Aqui, não temos um nu muito agressivo, e o sexo da prostituta está oculto, misterioso, sempre deixando um gostinho de “quero mais”, numa mulher que sabe provocar sem se entregar completamente. Seus seios são perfeitos, no auge de sua forma, e são ideais – nem grandes, nem pequenos. Ela usa um par de sapatos, os quais erotizam a cena ainda mais, pois é um nu que nunca se entrega completamente, e adereços como pulseira, brincos, colar e flor no cabelo surgem para vestir e, ao mesmo tempo, cobrir, como uma tarja preta, que estimula a curiosidade em um striptease. A cama é confortável e majestosa, e é o local de trabalho de Olympia. A cortesã não sorri, e está bem séria, levando a sério sua profissão, sabendo que nunca poderá deixar um homem enganá-la, explorá-la e ludibriá-la – ela é uma profissional. Ela se deita em uma coberta de estampa florida, trazendo ferramentas de sedução como beleza, delicadeza e perfume, seduzindo inúmeros clientes, tornando-se a grande estrela do prostíbulo. Pouco sabemos da vida real de Olympia. Talvez ela tenha vindo de uma família pobre, num contexto social carente e vulnerável, tendo decidido se prostituir para ter uma vida menos pobre e menos sofrida. Olympia, apesar do porte de mulher madura, é muito jovem, talvez adolescente, mas ela é ardilosa e já aprendeu os trâmites da profissão – nunca deixar um homem achá-la fácil demais, estando Olympia em pleno jogo de sedução. Nesta cena, Olympia – será que é um nome artístico, tão monumental? – recebe um regalo de um cliente: pomposas flores. A oferenda é trazida pela empregada negra, o que denota elevação social – ser servido por servidores. Olympia quer subir na vida e ser uma atriz de verdade, tendo muito sonhos de carreira. A empregada é negra retinta, tornando-se, assim, coadjuvante no quadro, nunca interferindo no momento de brilho da patroa Olympia. De forma ainda mais implícita, vemos um gatinho negro – símbolo supersticioso de azar – na extrema direita da cena, na sensualidade felina que traz candura misturada com agressividade, pois Olympia sabe que vive num mundo competitivo, em que muitas moças bonitas competem pela atenção do Mundo, num mundo em que todo mundo quer virar estrela – Olympia sabe, por instinto, como brilhar. Podemos ouvir o miar do gato, e temos em Olympia uma Mulhergato, sexy em seu chicote, domando e domesticando homens, num mundo machista, em que a sexualidade da mulher é reprimida. Temos em Olympia um desejo de libertação, um desejo de brilhar intensamente. É quase óbvio que Olympia é a grande estrela deste quadro. Ela o cruza de ponta a ponta, tomando tudo para si, numa força gravitacional implacável. Olympia e as flores formam um só corpo, fundindo a prostituta com os ritmos líquidos da Natureza, elegendo a prostituta à categoria de deusa. Como no rosto da ex-prostituta Bruna Surfistinha, Olympia tem cara de santa, cara de cordeiro inocente, como no rosto cândido de Evita Perón, do modo como um jornalista, certa vez, definiu magistralmente Britney Spears em poucas palavras: “Cara de santa, roupa de periguete”.


Acima, Argenteuil. O dia é ensolarado e majestoso. Estamos na beiramar, e o ar puro se espalha generosamente, inesgotavelmente. Um jovem casal é o centro da cena. Ela está vestida de modo recatado, com a maior parte do corpo coberto, e usa um elegante chapéu, que cobre cabelos presos, contidos em um fino penteado. Ela também carrega flores coloridas, provavelmente presente do homem ao Aldo, que está apaixonado, só tendo olhos para a moça, a qual não retribui o encanto e a paixão, e olha para o espectador. Ela está reservada, contida como o penteado espartano. Já, ele está voltado para ela, querendo abraçá-la, beijá-la e amá-la. É um amor não correspondido, numa cena triste, em que este homem está prestes a se machucar e acumular um ressentimento enorme, que dá uma dor existencial muito aguda, numa decepção, uma mágoa, uma cicatriz psíquica, do modo como, o tempo todo, corações se despedaçam em decepção e prostração amorosa, num jogo que expõe o coração a intempéries mil, no sentido de que a pessoa tem que aprender a proteger o próprio coração, a fim de privá-lo de tantas dores. Aqui, o homem está vestido de forma mais confortável, com uma simples camiseta de mangas arregaçadas, provavelmente um traje necessário para a prática de algum esporte náutico, algo sugerido pelas embarcações nesta cena, ondulando pelas águas tortuosas da existência, pelos labirintos da vida amorosa, colocando a pessoa tanto para cima quanto para baixo. Há um certo machismo na cena, pois à mulher não é permitido estar muito à vontade em termos de roupas, ao passo de que, ao homem, é permitido um vestuário mais confortável e informal, esportivo. O homem tenta seduzir esta mulher, mostrando que é um forte praticante, que é um campeão, um próspero macho alfa. Mas a mulher parece pouco se importar, e parece estar meio entediada com o belo desportista, o qual tem um generoso bigode. As listras na camiseta do homem trazem o contraste entre claro e escuro, típicos de esportes náuticos, e as listras bipolares são luz e sombra entremeando-se, produzindo contraste, nos altos e baixos do coração deste homem, que está prestes a se machucar enormemente. O homem carrega uma discreta bengala, num charme aristocrático. A bengala fálica corta a cena e resume atalhos, saindo do homem em chegando à mulher, na mente simples deste atleta – se ele quer algo, tem que batalhar para obtê-lo. Talvez o ar de desinteresse da mulher seja dissimulado, e talvez no fundo ela queira muito namorá-lo. Então, a mulher se faz de difícil, nunca se vendendo por um e noventa e nove – é um jogo de sedução, e a mulher tem a inteligência para capturar este homem, como uma aranha que tece sua teia e espera por uma desavisada mosca cair na armadilha. Mas o homem aqui está deliciado em cair nesta teia, e parece que há uma poderosa força gravitacional puxando o homem para perto da mulher, a qual, aparentemente, não quer este pretendente. A retilínea bengala é a Razão, curvando-se perante a Loucura do Amor, como os relógios derretidos de Salvador Dalí, perdendo o juízo e rendendo-se à inexatidão da Vida. Ao fundo, um belo mar azul, puro, limpo, convidativo, num belo dia para se namorar ao ar livre. Mais ao fundo, uma paisagem de um quieto vilarejo, com casinhas aconchegantes, neste homem que quer encontrar o caminho para casa, projetando na mulher este lugar tão convidativo, agradável e confortável – o homem quer ser seduzido. O Sol inunda esta cena, e o Céu e o Mar combinam com os traços de azul no vestido da mulher, formando um continuum, uma unidade, na sensualidade feminina mesclando-se com o Universo ao redor, trazendo Paz, Concórdia e Beleza – são os atributos femininos. Podemos ouvir o delicioso barulho da água remexendo-se sob os barcos, na sensualidade liquidiscente universal.


Acima, O Café-Concert. Aqui, o Impressionismo grita. Vemos uma cena tão parisiense e cosmopolita, numa Paris que, até hoje, permanece o epicentro do Mundo Ocidental, com o majestoso Museu do Louvre, dentre outras instituições. As pessoas parecem estar tomando cervejas, as quais brilham douradas na luz difusa de uma janela ao lado. Esta é a ironia impressionista: de perto, uma coisa; de longe, outra. São quadros que exigem ser observados com distância, num distanciamento respeitoso. Em primeiro plano, um casal. O homem está garboso, com uma bela cartola, a qual dá impressão dele ser mais alto. Seu bigode e cavanhaque grisalhos inspiram respeito, e, apesar de ser um homem de mais idade, conserva traços jovens de beleza, nunca tendo um aspecto muito envelhecido ou cansado. Nas mãos, uma bengala, a qual é quase ocultada. A bengala é o suporte existencial, a meta, o motivo de viver. Uma das mãos do homem repousa sobre a outra, e a mão de cima está curvada, num gesto de sofisticação e sabedoria, num senhor que sabe os valores do cavalheirismo. Seu colarinho branco brilha à luz, numa pessoa que sabe como é com se arrumar para ir a um elegante café. Já, a mulher ao lado não é tão garbosa. Ela tem uma assustadora “monocelha”, incapaz de depilar entre as duas sobrancelhas, com um aspecto meio repulsivo, descuidado, desleixado. Ela também tem um buço, algo que deixa qualquer mulher com um aspecto bem ruim, não inspirando ser beijada na boca. Ela fuma um cigarro e olha para o vazio, e ambos parecem estar pouco se importando um com o outro, talvez num casamento naufragado, arruinado, onde a faísca da paixão não mais vigora. Ela é jovem, mas isso não é o suficiente para fazê-la elegante ou graciosa. Em segundo plano, uma mulher de pé toma uma cerveja e, com a outra mão, apoia-se na cintura, numa pose de emancipação e independência, não pertencendo a outra pessoa, mas pertencendo a si mesma. É uma mulher muito mais interessante do que a mulher da monocelha. Podemos ouvir o burburinho dos frequentadores, e o barulho de xícaras, pires e colheres tilintando. Podemos também sentir o forte cheiro de tabaco, num lugar e numa época em que era permitido fumar em qualquer lugar, como me disse uma pessoa de minha família, a qual estava em um café em Paris e teve que sair do recinto, tal a intragável nuvem de fumaça tabagista no ar ali dentro. Em último plano, vemos um cabide com casacos e vemos também uma mulher de perfil, com um decote bem provocador, simbolizando a beleza e a sofisticação da mulher parisiense. O cabide é a utilidade, a dignidade, num artista que tem que ser útil ao Mundo. Manet mostra maestria no uso da luz, nas pinceladas impressionistas, as quais não são tão simples de ser concebidas. É uma cena não ensolarada, não ao ar livre, mas “indoor”, quase claustrofóbica, num ar viciado. Repousando sobre a mesa, um guardanapo azul, da cor celeste, numa promessa de liberdade e arejamento, longe de uma cena tão fechada, no sentido de que a pessoa tem que, às vezes, apenas precisar respirar o ar e olhar para um Céu de Brigadeiro. A mulher em segundo plano tem um anel dourado, provavelmente uma aliança, mostrando que pertence a um homem, quando, na verdade, ela pertence a si mesma, nunca deixando se dominar por qualquer homem, e isso é Feminismo: a mulher pode continuar sendo delicada, mas, ao mesmo tempo, tem que ser “espada”: é o autoencontro. Nada de errado nas roupas da mulher feia, mas ela tem, simplesmente, uma aura desleixada, deselegante, no sentido de que a autoestima é sempre bem-vinda e necessária.


Acima, Um Bar no Folies-Bergère. A garçonete é a grande estrela do quadro. Seu busto está decorado com belas flores, num decote provocante, mas não vulgar. Ela esboça um sorriso mínimo, quase imperceptível. Seu rosto é belo e harmonioso, e sua franja cobre-lhe a testa. Sua cintura é elegante e delgada, e suas mangas estão arregaçadas em sinal de trabalho, num bar badalado, da moda, extremamente frequentado. À sua frente, um pequeno copo com flores e água, simbolizando delicadeza, vigor e vida, sem falar em perfume, uma especialidade parisiense. Mais à direita, uma fruteira com frutas alaranjadas, talvez bergamotas, frescas, doces e deliciosas, no lado bom da Vida – o desfrute, livre das culpas pecaminosas. Sobre o balcão de mármore vemos muitas garrafas, símbolos da Boemia. A moça olha para o espectador como se este fosse um cliente da casa, e coloca-se à disposição do cliente, em pleno batente. Seu colar tem uma fita negra, que é o mistério, o imprevisível, e, na mesma peça, um camafeu recatado, catita, transformando a própria jovem em uma joia digna de ser pintada por Manet. Os botões verticais do vestido são as etapas da vida, uma após a outra, no itinerário existencial. São como estrelas no céu, só que devidamente ordenadas de forma matemática e geométrica, na imposição da Ordem sobre o Caos. Manet pega uma moça proletária e a faz aristocrata, pela sua beleza digna de retrato, longe de uma baronesa que desembolsa muito dinheiro para ser retratada por algum grande artista. Ao fundo, a paisagem boêmia, e podemos ouvir conversas acaloradas e risadas de salão, no momento de prazer eufórico que é a farra boêmia, como no Beco das Garrafas, bar carioca no qual se apresentava Elis Regina – a Boemia tem seus charmes. Vemos nesta cena bastante álcool engarrafado, num ser humano que tem que se cuidar para não cair no vício irrefreável. Ao fundo, vemos um majestoso lustre de cristal, que é um aviso: apesar de ser uma cena boêmia, é um lugar chic, refinado e elitizado, um estabelecimento que só recebe quem tem dinheiro para gastar ali, na melhor boate da cidade, como muitas e muitas casas noturnas glamorosas que viveram e morreram, pois, ironicamente, as casas noturnas estão, cedo ou tarde, invadidas pelo raiar do Sol. Esta moça, é claro, não integra a farra e as gargalhadas, mas está em pleno serviço, talvez querendo, no fundo, juntar-se aos clientes e tomar umas boas doses de álcool. À direita na cena, um cavalheiro encartolado e de bigode conversa com uma mulher que está de costas, num mistério: Quem é ela? Ela é o lado sisudo da vida, pois, quando a moça ao centro quer muito se divertir, a mulher de costas dá as costas para isso tudo, numa desilusão mortificante: viver a vida inteira na Boemia é uma ilusão. As garrafas aqui são coloridas e alegres, seduzindo com seus sabores degustáveis. A moça agarra-se ao balcão com as duas mãos, talvez como se estivesse num barco revolto, o qual está instável, assim como é instável a vida de um alcoólatra. A moça tem uma pulseira dourada, talvez presente de um admirador frequentador do bar, mas a moça parece ser à prova de ilusões, e não parece estar muito deslumbrada com os clientes garbosos e ricos do lugar. A garrafa logo ao lado da fruteira é a garrafa do seriado Jeannie é um Gênio, a qual refugiava-se ali dentro, na reclusão feminina, como ficar sozinha em casa pintando as unhas, não querendo, no momento,  muita interação com o homem do lado de fora, no sentido de que todos precisamos de um pouco de reclusão. A moça aqui está reclusa dentro de si mesma, e só vai se abrir ao Mundo quando bem entender.

Um comentário:

  1. Muito boa seleção. Obras representativas dos dois Manet. O realismo-burguês e o impressionista. Gostei demais da tua leitura do Almoço no Atelier. Parabéns por tudo. Arnoldo.

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