Falo sobre vários artistas da Pop
Art. As análises semióticas a seguir são minhas e não do livro base de
Osterwold, minha referência bibliográfica.
Acima, Ten-Dollar Bill, ou seja, Cédula
de Dez Dólares, uma litografia de Roy Lichtenstein, de 1956. Aqui, Roy tem
traços infantis, como uma criança que resolveu redesenhar a cédula de dez
dólares. Está em preto e branco, como nos tempos áureos de Hollywood, nas telas
prateadas. Aqui, a prata brilha como a Lua, e exerce seu infinito fascínio
sobre o ser humano. A prata tem algo mágico, como um espelho, uma superfície
reflexiva, que faz o ser humano olhar para si mesmo e refletir sobre a vida,
sobre o destino, sobre a sorte, sobre a dor. O número dez é um agouro, um número
redondo, como na ambição do estudante de tirar nota dez no boletim. E
Lichtenstein tirou nota dez, tornado-se um dos mais célebres da Pop Art. O nome
de Roy é sinônimo de genialidade, marcando uma época. Poucos artistas souberam
impor-se de forma tão contundente, pois não há faculdade que ensine a brilhar.
Esta cédula não serve para coisa alguma, e é uma brincadeira de criança, que
acha que pode fabricar o próprio dinheiro, na inocência infantil. Aqui, RL
encarna uma criança que se esmera para fazer o melhor possível, e o artista
coloca para fora a criança dentro de si mesmo, numa candura incrível. A face na
nota está absolutamente desfigurada, não podendo parecer-se com uma face
humana, numa desfiguração que acomete aqueles que só pensam em dinheiro – há
algo mais americano (e novaiorquino) do que amar dinheiro? Aqui, Roy subverte e
cospe em cima da sociedade de consumo, trazendo a pureza infantil, numa criança
que ainda não entende a tendência milenar materialista do ser humano. A criança
quer dinheiro para comprar brinquedos e doces, nada mais. Ironicamente, esta
obra que evoca o dinheiro torna-se preciosa por si mesma. O nome dos EUA está
distorcido na cédula de brincadeira. Pode-se observar a lapela do terno do
homem na cédula, um homem sem face. O espectador fica com vontade de observar o
verso desta cédula inocentemente falsa. Roy deixa aqui um mistério em aberto,
em suspense. É claro que dinheiro é importante, pois a pessoa tem que viver,
provendo para si casa, comida e roupa lavada. Mas o pensamento infantil ainda
não entende a dureza da vida. É como num episódio do seriado mexicano Chaves, quando Quico faz um vale de
muito dinheiro para Chaves e este acredita na mentira, achando estar então
milionário. Aqui, Roy tem um traço incerto, trêmulo, de uma criança esforçada
em caprichar para mostrar o dever de casa feito para a professora. O sonho da
criança é ter uma caligrafia tão linda quanto à da professora. Este trabalho de
Roy exala simplicidade, como no número dez escrito de forma simples, claro como
uma placa de trânsito. O cinza mescla-se com o branco, como um desenho de
grafite. Na face humana desta “cédula”, três pontos alinhados, como no Cinturão
de Órion, do modo como a criança olha para o céu sonhando em ser astronauta. As
estrelas coruscam no céu noturno, guiando os navegadores. E o dinheiro guia a
vida em sociedade, do mesmo modo como Lichtenstein guiou a Pop Art, ao lado de
outros gigantes como Andy Warhol. Os grandes mestres revelam-se em sua própria
simplicidade, conseguindo comunicar-se com o mundo. Esta obra parece estar
suja, com um aspecto imundo, na sordidez da ganância, sendo esta incompreendida
pela criança. Como diz o Espiritismo, nós, os adultos, temos muito o que
aprender com as crianças. As amizades de infância são puras e inocentes, e as
amizades por interesse permeiam a vida adulta. Nesta cédula infantil, o
dinheiro é um meio e não um fim. O fim é divertir-se e tirar boas notas na
escola. Esta obra é um desfile de formas geométricas, com diversas formas
dançando no mesmo baile.
Acima, Two-Dollar Bill (Front and Rear), ou seja, Cédula de Dois Dólares (Frente e Verso), uma serigrafia sobre tela,
de Andy Warhol, de 1962. Um tapete de estampa monetária. Cédulas sendo
fabricadas na Casa da Moeda. O verde é como campos exuberantes, no prazer da
vida ao ar livre. Só que o dinheiro, ao invés de libertar, aprisiona. No verso
da cédula, um desenho que parece ser a Casa Branca dos EUA, um Clube do
Bolinha, no qual poucas mulheres destacam-se, criando expectativa na campanha
eleitoral de Hillary Clinton. É o paraíso das conveniências capitalistas, dando
a impressão de que basta destacar as cédulas para obter dinheiro líquido. O
rosto estampado é da majestade de uma Elizabeth I da Inglaterra, firme,
corajosa, paladina, verdadeira em sua coragem de declarar guerra a um poderosa
potência, no caso, a Espanha. Esta obra de Warhol dá a impressão facilitadora
de que dinheiro dá em árvore, e de que não precisamos de trabalho e nem de
esforço para a obtenção de dinheiro. O número dois é yin e yang, irmãos gêmeos
que, juntos, compõem Tao, o uno. O número dois é um casal casando-se na igreja,
com um noivo rico e uma noiva bonita – não exige-se beleza do noivo e nem
riqueza da noiva. É um casamento de conveniências, que nada tem a ver com amor.
O número dois é frente e verso, nos dois lados da moeda, mostrando que tudo
traz em si a sua própria contradição, nas divertidas ironias da vida. As
cédulas são como indistintos tijolos, uma estrutura estatal na qual o indivíduo
tem que enxergar além do dinheiro, pois, do contrário, cairá na teia, na cilada
capitalista. As cédulas são o poder econômico nas mãos dos cidadãos
privilegiados, pois, numa ditadura marxista, as cédulas são de total possessão
do Estado, e o indivíduo é proibido de ter sonhos monetários, ao contrário do
pensamento estadounidense, no qual o cidadão sonha em ser rico. As cédulas são
como escamas de peixe no mar das oportunidades de negócios, pois o grande homem
não foge à luta. Podemos sentir o cheiro de cédulas novas, recém impressas,
como cheiro de carro novo, um cheiro que só os economicamente avantajados podem
cheirar – o Capitalismo é excludente e, ainda assim, é de todos. A face na
cédula é a cabeça cortada de Medusa, o monstro capitalista do dinheirismo. Com
sua cabeça cortada, é inofensiva e exibida como um troféu, como o pescador
exibe com orgulho o peixe pescado. As cédulas são como dentes impecavelmente
escovados, na aparência impecável de um gerente de banco, numa limpeza que
busca seduzir e conquistar a confiança do cidadão – uma boa aparência é um bom
cartão de visitas. A numeração de cada cédula é o número de identificação do
cidadão, como no número na carteira de identidade, e a pessoa é reduzida a mais
um espermatozoide em meio a milhões de espermatozoides iguais. As colunas de cédulas
são arrogantes prédios cujas salas comerciais custam caro, numa selva de
prédios esguios e elegantes, fálicos, exalando verdade como na grande pedra de
Meca. A América faz do dinheiro sua religião, como no fortíssimo filme O Lobo de Wall Street, no qual sexo,
drogas e dinheiro são a trinca essencial da vida norteamericana, na insaciável
sede por poder, muito poder. É o que diz o personagem Oráculo de Matrix: O que um homem poderoso quer? Mais
poder. Quantos egos e ambições são construídos e destruídos todos os dias?
Inúmeros. São os sonhos despedaçados. As cédulas formam uma cortina de teatro
prestes a ser aberta, e o show das ambições toma forma. Aqui, na obra de Andy,
as impressões não são perfeitas; são falhas. A máquina está com um problema,
com uma anomalia, na imperfeição inevitável da existência. Warhol não quer ser
perfeito; ele quer ser ele mesmo. E o dinheiro não pode conferir identidade. É
aqui uma catarse, na qual ambições são vomitadas e eliminadas, faxinando a
alma. A escala industrial revela-se em toda sua onipotência. É a Cortina de
Ferro entre dois mundos – frente e verso.
Acima, Flag Above White with Collage, ou seja, Bandeira sobre Branco com Colagem, uma encáustica e colagem sobre
tela, de Jasper Johns, de 1955. Esta tela está com aspecto enferrujado, tendo
sofrido uma espécie de erosão, um desgaste, como no desgaste de uma pessoa
pública envolvida em escândalos públicos, como Bill Gates no episódio de Monica
Lewinsky, quando o presidente negou ter tido interação sexual com a estagiária,
mas foi (cientificamente) provado que ele mentiu, com base na mancha de esperma
no vestido da infame garota. Aqui, parece que um esponjão de aço agrediu a
tela, ferindo-a, sequelando-a, como uma cicatriz eterna, indeletável. Na
extrema direita, quatro reproduções discretas e apagadas do mesmo homem, como
no machismo da Casa Branca. Aqui, o homem público esforça-se para aparecer, mas
é vencido por uma força maior. O homem nesta obra de Johns não está nítido, e
dificilmente é reconhecido pelo eleitor. Em todas as estrelas da bandeira, há
uma, na extrema esquerda, que está diferente, tortuosa, um tanto apagada. É a
busca por diferenciais políticos em uma campanha para a eleição de um
presidente. A estrela anômala destaca-se por ser diferente, por pensar em uma
direção diferente. É como um produto no mercado, mais atraente, mais desejável.
A estrela diferente parece ter sido desenhada por uma inocente criança, no
desejo do infante de crescer e ser igual aos adultos, aos super heróis, aos
ídolos do Esporte. As listras não são extremamente retilíneas, e sua
erraticidade dá o charme de imperfeição a esta tela, pois não existe perfeição
na vida, nem em uma carreira artística. O contraste entre linhas brancas e
vermelhas é como um farol, que guia os navegadores e traz ordem ao mundo de
caos dos oceanos. A bandeira nacional dos EUA é um farol, e todos os americanos
estão unidos aos ideais de liberdade. As estrelas brilham no céu da América, e
esta tela tem todo um visual rústico, bruto, verdadeiro, realista. O retângulo
amarelado inferior é da cor de papel velho, vítima da passagem do tempo, nos
velhos papéis em que a Constituição dos EUA foi escrita. Os americanos honram
muito as próprias tradições, mas não são escravos destas. O americano quer
venerar a América, mas não quer perder sua autonomia, seu poder de fazer opções
e escolhas livres. As estrelas são como o uniforme da Mulher Maravilha, uma
guerreira que, apesar da beleza, é dura como um tanque de guerra. A América é
assim: bela e dura, num país bem mais jovem do que ricos países europeus. Os
EUA cresceram relativamente rápido. E a diferenciada estrela anômala revela-se
maravilhosa em sua singularidade, enquanto o restante das estrelas sofre com a
indistinção, com a mediocridade. É o patinho feio, o qual descobre-se cisne e
liberta-se do complexo de viralatas. Toda a tela parece ter sido feita por
furiosas pinceladas, com pressa e agressividade, nunca importando-se em ter um
aspecto imaculado, perfeito. As rasuras e riscos predominam aqui, num aluno
que, no processo de aprendizagem, erra muito para aprender. As listras brancas
são o desejo de paz, num desejo de viver com tranquilidade em meio às
diferenças inevitáveis; as vermelhas servem de choque frente ao claro, ao
branco. Jasper quer bombardear nossas mentes com vibrações cromáticas. Essa é a
missão de cada artista – estimular mentes, provocar reações, mexer com as
cabeças dos espectadores. E as imagens apagadas do homem são as inescapáveis
vicissitudes da vida pública, com pessoas que um dia já estiveram no topo da
cadeia alimentar, mas que depois degustaram o sabor do esquecimento,
tornando-se esquecidos e ignorados – ninguém está por cima o tempo todo. O
aspecto envelhecido desta tela mostra-se charmoso, desapegado, despojado. Não é
insuportável uma pessoa dizendo que tudo é perfeitinho?
Acima, Target, ou seja, Alvo,
uma encáustica e colagem com papel de jornal, de Jasper Johns, de 1966. A força gravitacional
de um alvo, esperando para ser alvejado, como na canção interpretada pela diva
da MPB Elis Regina: De tanto levar
“frechada” do teu olhar, meu peito até parece sabe o quê? “Táubua” de tiro ao
“álvaro”. Não tem mais onde furar. O alvo é um coração apaixonado,
sofrendo, amando, ficando indefensável contra as flechas do Cupido. Há aqui uma
alegria cromática, com um laranja vibrante acompanhado de roxo e verde, com um
fundo azulado e um quadrado branco abaixo. Aqui, o branco está como um alívio,
um respiro, uma lacuna plácida em meio às cores carnavalescas. A paz branca
opõe-se à agressiva prática de tiro ao alvo, na qual o atleta fica 100% focado
no alvo, no objetivo, na meta. O atleta está com a atenção absolutamente
voltada ao alvo, e cada pequeno tremor nas mãos pode comprometer o tiro. O alvo
parece girar como uma mandala, com o charme feminino de suas curvas redondas,
como num voluptuoso corpo de Marilyn Monroe. Jasper traz-nos pinceladas
afoitas, mas há perfeição no delineamento das formas, e as linhas divisórias
entre os elementos tornam-se muito nítidas – aqui, não quer-se confundir alhos
com bugalhos. No quadrado branco, há pouquíssimas manchas de tinta, na
inevitabilidade do ocaso, dos acidentes, do imprevisível, como um cantor
levando um tombo em pleno palco, frente aos olhos da plateia. Aqui, há três
formas de ângulos retos: o quadrado verde, o quadrado branco e, respaldando
tudo, o retângulo azulado. Então o alvo entra para quebrar essa sisudez, com
irreverência, com charme feminino. Os anéis concêntricos do alvo revelam uma
hierarquia, com os homens mais aperfeiçoados regendo os mais toscos. E o laranja
salta para fora, alvejando os olhos do espectador. É como se fosse uma lava
quente de vulcão, levando tudo e todos consigo, destruindo Pompeia. O centro do
alvo é o núcleo quente da Terra, furioso em sua temperatura inimaginável. O
laranja aqui brilha como brasa quente em uma lareira, a qual está prestes a
precisar de que a lenha seja reposta para o fogo não morrer. É como o demônio
Balrog de O Senhor dos Anéis, um ser
mítico feito de sombra e fogo, reinando nos submundos profundos do inconsciente
humano, ceifando o pensamento racional. O laranja é como uma deslumbrante
aurora, dourada em sua majestade, anunciando o desencarne e o retorno à Fonte.
A pessoa dorme e tem um sonho, o qual é o pai da Aurora, a qual é a força de
luz que vem. Aqui, o verde é intenso como uma verdejante mata tropical,
transbordando de vida e de biodiversidade, na riqueza da vida na Terra. O
laranja parece ouro fundido, pronto para ser transformado no que vier à mente
do fabricante. É como um majestoso vitral de igreja, inundando o interior do
templo com cor e alegria, num sonho belo, num mundo melhor, onde já juventude e
vida eternas. O alvo é o Sol reinando no Sistema Solar, propagando suas ondas
publicitárias em todas as direções, regendo uma grande família de esferas e
asteroides, sustentando o Cosmos. A Pop Art foi um terremoto que abalou o
mundo, no tremor de uma flecha abalando um alvo, o qual é o espectador.
Acima, L.A. Times Bedspread (III), ou seja, Colcha L.A. Times, um tecido de Jann Haworth, de 1965. Jann
traz-nos uma colcha amassada, com aspecto usado, precisando de uma boa passada
de ferro. Imperfeição intencional. Há uma homenagem ao personagem policial Dick
Tracy. Por que será? Há uma gravura de telefone analógico com os dizeres Traga um pouco de luz para a sua vida.
Na extrema esquerda superior, várias gravuras de pessoas correndo, como em uma
competição acirrada. As bordas da colcha emolduram a obra em tecido. É como uma
mãe zelosa que costura para a família e para clientes, numa vida produtiva.
Aqui, temos uma obra hermética, estranha, sem sentido óbvio. O enigma é
entregue ao espectador, e cabe a este decifrar os códigos no trabalho de
Haworth. O telefone é o contato com o mundo exterior, invadindo o lar com sua
sineta, avisando que há pessoas em busca de interação social. O disco de
números é um disco voador, gravitando sobre a Terra e escondendo-se da
Humanidade. Há nomes escritos pela colcha, e há grandes espaços em branco, como
orlas virgens, em areias que sempre apagam as pegadas, não deixando vestígios.
O tecido parece ter rugas, dando sinais de trajetória, de história, de
experiência. A colcha é o acolhimento da cama, do momento de descanso, no qual
a pessoa joga-se e esquece-se do mundo lá fora, por mais que o telefone toque. A
colcha é como um diploma de graduação, reconhecendo esforços e conferindo
distinções. É como uma carta escrita que foi amassada e jogada fora,
desprezada, sendo aberta depois, restaurada. É o arrependimento de quem
desprezou algo que nunca foi desprezível. As figuras humanas correndo são a
competitividade, num âmbito em que muitos artistas buscam reconhecimento,
consagração; são multidões correndo para o cinema para ver um blockbuster, nas
comoções da cultura de massa. A colcha tem um aspecto sujo e usado, tendo
servido a inúmeras noites de sono. E por que trazer luz para a vida? Porque
comunicar-se com outrem é a luz da vida em sociedade, e tudo o que o artista
quer é comunicar-se com o mundo lá fora. A vida em sociedade é iluminada,
desprezando submundos e subconjuntos. O ser humano foi feito para a vida em
sociedade, como mostra o filme O
Iluminado de Stanley Kubrick, baseado na obra de Stephen King, película que
mostra o personagem de Jack Nicholson enlouquecendo em um contexto de
isolamento social. A colcha é a proteção, o lar, o acalento, o acolhimento a
quem está exausto e com sono. O aspecto amassado lembra a estampa de mármore,
charmosa, tortuosa, orgânica. O telefone e os dizeres acima deste estão
emoldurados por um retângulo, no formato de um arranhacéu, como no monólito
misterioso de 2001- Uma Odisseia no
Espaço, de Kubrick também. É a austeridade de prédios imponentes, numa vida
em sociedade, em convívio, em comunhão. Dick Tracy representa a lei, o respeito
às normas e às linhas divisórias entre meu lote e o lote do vizinho. Tracy é o mocinho
de caráter incorruptível, zelando pela segurança dos cidadãos. O telefone toca
com uma chamada para Dick, e o mundo precisa de sua ajuda. A luz aludida é a Lei,
igual para todos os cidadãos, regendo o mundo e estabelecendo noções de apuro
moral, pois a moralidade é característica certa dos espíritos elevados. Infelizmente,
neste livro de Osterwold, temos um registro fotográfico em preto e branco, não
podendo fazer-se uma análise cromática deste trabalho de Haworth.
Referência
bibliográfica:
OSTERWOLD,
Tilman. Pop Art. Köln: Taschen, 2007
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